“O jornal britânico – The Observer”
revelou na sua edição do último domingo (23 de agosto), que há grande
possibilidade de a presidente Dilma conseguir sobreviver a crise instalada no
país. Isso não irá acontecer pelo fato de seu governo conseguir recuperar a
credibilidade tanto política como econômica, mas pelo temor já demonstrado
pelos empresários e até pela mídia tradicional de que sua saída via renúncia,
impeachment ou golpe, seria pior para o país.
Se antes Dilma alcançou a incrível marca
de 80% de aprovação, hoje ela amarga apenas 8%, a pior da história da pesquisa,
superando os 68% registrados pelo presidente Fernando Collor em 1992.
A onda de manifestações e as denúncias
da denominada “Operação Lava-Jato”, ao contrário de servir de munição para a
frágil oposição ao governo petista, são utilizadas por ele como prova de que o
Brasil vive hoje um momento especial de amadurecimento democrático. Nesse
sentido, vale a pena reproduzir uma afirmação da presidente Dilma: “Muitos da
minha geração deram a vida para que o povo pudesse ir às ruas se
expressar. Eu, particularmente, participei e tenho a honra de ter
participado dos processos de resistência da ditadura. Como
outros brasileiros, sofremos as consequências da resistência para ver esse
País livre da censura e da opressão, da interdição da liberdade de
expressão".
Se para alguns as manifestações mostram
um amadurecimento democrático do país, por outro lado a inércia daqueles que
nos representam de atender as reivindicações contraria o princípio da representatividade
exigido num Estado Democrático de Direito.
Diante disso, e contrariando a tese
defendida por alguns de que o impeachment da presidente Dilma seria um golpe, entendemos que é
dever daqueles que representam os interesses do povo, a qualquer tempo, dar
atendimento às suas vozes, para que não venha instaurar no País uma crise de
representatividade.
Se de fato estamos numa plenitude
democrática como é apregoa, chegou a hora de o nosso Congresso
Nacional utilizar dos institutos de consulta popular, plebiscito ou referendo
(Art. 14, da Constituição Federal), para perguntar ao povo brasileiro o que ele
espera seja feito para que as mudanças sejam feitas.
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